Quando mais novo adorava as viagens com minha família, a estrada sempre me encantou, como se eu fosse parte dela e talvez eu sempre tenha sido. As paisagens, os caminhões, os pássaros sempre me chamaram atenção, a sensação de liberdade já me chamava desde mais novo, mas o que mais me atraia eram os comboios de motoqueiros, pelo menos era assim como eu os conhecia. Montados em suas motocicletas repletas de cromos, roupas pretas e alguns com símbolos únicos nas costas. Ficava imaginando como seria viver isso...
Perguntas como: De onde vocês é? Para onde vão? É muito perigoso? Eram recorrentes em minha mente. Cumprimentar um deles me deixava muito feliz chega até ser engraçado pois é como se já tivéssemos ficado amigos.
Hoje posso compreender esse sentimento, o mundo do motociclismo é mais simples do que se pode imaginar, o respeito e a humildade veneram na estrada e as perguntas que outrora tive já encontrei as respostas.
Meu lar é a estrada! Para onde a estrada me guiar e sim, é perigoso, mas perigo maior seria não viver isso, uma vida de lamentações de coisas que tive a oportunidade de viver e não vivi é uma vida morta, vazia e sem sentido.
Pessoas comuns pedem a seus Deuses grandes casas, carros de luxo, carreiras de prestigio, fama, fortuna e não há nada de errado nisso, devemos seguir em busca daquilo que nos faz feliz, aquilo que da real sentido as nossas vidas. Apenas desejo que jamais deixe de fazer aquilo que mais amo, pilotar minha moto é uma das melhores sensações que já vivi, o calor, o frio, a alegria, a tristeza dentre outras coisas, carrego sempre comigo em meu capacete, tudo se torna passado no retrovisor da minha moto quando estou na estrada e o futuro é a incerteza que acelero para encontrar pois aquele garoto que um dia era plateia no banco traseiro do carro, hoje é o personagem principal dessa historia repleta de aventuras.
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